Os casarões construídos no modelo colonial possuem características que tornavam os edifícios bem extravagantes, com portas de mais de 2,5m de altura; e janelas de mais de 1m. Os casarões costumavam ter uma estrutura simétrica, isto é, havia um rigor de replicar as características perfeitamente, havendo raramente características irregulares que tornariam as casas assimétricas. Os telhados eram os chamados "Queda d'água", tendo uma angulação inclinada com o intúito de eliminar qualquer possíbilidade de acúmulo de água das chuvas. As calhas costumavam ser de cerâmica, e a maioria dos casarões rurais possuiam quatro águas, enquanto que urbanos variavam entre uma à quatro; esses telhados é uma das evidências da herança cultural de origem portuguesa. No entanto, haviam casarões que não possuiam telhados de calha, com o teto totalmente plano e feito com o método da taipa de pilão, mas estes eram mais raros e só costumavam existir nos núcleos urbanos da época. Uma característica importante notar é a existência de eiras e beiras; que originaram a famosa expressão "fulano não tem eira nem beira". Essa expressão havia cunho preconceituoso, já que a presença ou não dessas características era considerado como um dos fatores que ajudava os antigos cidadãos à julgar o poder aquisitivo dos outros.